terça-feira, 13 de julho de 2010
Deficiente auditivo ou surdo ou surdomudo
O termo surdo é visto, pela grande maioria das pessoas, como uma maneira ofensiva de se dirigir ao sujeito que tem perda auditiva. E por isso, preferem utilizar uma forma mais suave e optam por chamá-lo de deficiente auditivo. Entretanto, esta forma suave pode ser considerada até mesmo agressiva para os surdos. Deficiente remete a não ser capaz, insuficiente, insatisfatório.
"O surdo é diferente, não deficiente”. Por questões históricas, o surdo foi visto e ainda é visto como incapaz de se comunicar, aprender, se manifestar, pensar, escrever, se integrar. Esta limitação que é imposta aos surdos, é muitas vezes, maior que própria limitação sensorial que eles apresentam.
A surdez ou deficiência auditiva é provocada por um problema no sistema auditivo. Em sua grande maioria, o aparelho fonador do surdo não é afetado. Logo, não é correto dizer que todo surdo ou deficiente auditivo é mudo. Eles não são mudos. Se você conviver com eles, vai perceber que eles podem falar e se manifestar através de sons da fala. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Alguns surdos já falam (oralizados) pois desenvolveram a fala através de um trabalho com fonoaudiologia.
O surdo, mesmo que seja privado em um dos sentidos, é capaz de interagir e aprender, criar, se comunicar. Cabe a nós, educadores, neste mundo de ouvintes, contribuir para que estas possibilidades sejam reais na vida social e acadêmica dos surdos.
39 comentários:
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ResponderExcluirAchei super interessante as definições dadas aos indivíduos com nível de perda auditiva leve e moderado ser chamado de deficientes auditivos e os com nível profundo serem chamados de surdos, e também que nem todo surdo é mudo.
ExcluirGostei muito do conteúdo,achei interessante as definições.
ExcluirO profissional que trabalha com o surdo precisa ter consciência de que a surdez não limita o aluno no seu desenvolvimento cognitivo. É preciso que professores, pais e sociedade de um modo geral veja o surdo como cidadão que tem suas limitações (ouvir) mas merece ser tratado com respeito.
ResponderExcluirO surdo precisa que a escola faça as adaptações necessárias para que receba o ensino de qualidade, assim como os ouvintes.
O profissional precisa conhecer melhor o aluno surdo para que assim possa melhorar sua prática em sala de aula, quanto mais conhecer melhor será a forma de trabalhar.
Cláudia Melo Lacerda
claudiaml2006@hotmail.com
Com certeza, o papel para o aprendizado do surdo cabe a todos os educadores,a sociedade em si; pois a capacidade de interagir, aprender está em todos, mais, é um direito de todos sermos tratados igualmante.
ResponderExcluirjolando@ig.com.br
Parabéns, Letícia, pelo benfeito esclarecimento!
ResponderExcluirÉ muito importante esclarecer esses pontos mesmo porque as pessoas têm dificuldade de compreender, muitas pessoas não aceitam que a pessoas surda não seja muda, e é necessário descontruir a ideia para construir novamente.
ResponderExcluirFizemos um trabalho sobre a comunidade surda na faculdade e foi muito trabalhoso fazer com que os integrantes entrassem em acordo. Muito grata pelo esclarecimento.
Sou Renata Xavier meu e-mail re_xsa@yahoo.com.br
É necessario a divulgação para que o preconceito seja eleiminado.
ResponderExcluirOlá acho muito válida sua forma de abordar esse fascinante assunto (Surdez). Moro na cidade de Itanhaém (Litoral Sul Paulista) e desenvolvo há 3 anos e alguns meses um Projeto de Leitura Inclusiva, onde meus pequenos aprendem a falar com os surdos (o básico apenas é bem verdade)e aprenderam que a surdez não é o ponto preponderante para que as pessoas não realizem atividades simples como a COMUNICAÇÃO MÚTUA e tenho tido o apoio irrestrito de uma surda (Daniele Ponte) e minhas ex-professoras: Adriana Moreira e Fabiana Correa no que se refere à LIBRAS e Maria Isabel (pedagoga Bel) no que tange ao método BRAILLE. Acredito que se cada um fizesse um pouco teríamos um muito...
ResponderExcluirCabe aos educadores e familiares trabalhar e colocar ao meio social a visão do surdo como diferente e não deficiente.
ResponderExcluirMeus parabéns pelo blog! Muito bom e ótimo trabalho....
ResponderExcluirDhian (Dhiancs@hotmail.com)
São Paulo - SP
Bastante esclarecedor seu blog.Parabéns!!!
ResponderExcluirSe cada um fazer a sua parte; teremos uma sociedade sem discriminações.
ResponderExcluirAgradeço pela postagem desse texto de forma simples e muita compreensão,. Particularmente aprendi muito. Gratidão
ResponderExcluirConvivo com um deficiente auditivo que por causa de um sarampo que teve quando criança, perdeu a audição. Como ele já tinha 5 anos e falava, não fica muito difícil de entender o que ele quer transmitir; porém pra quem não tem uma convivência com uma pessoa que não consegui falar direito,às vezes se torna complicado o diálogo. Mas nada que um pouco de paciência resolva.
ResponderExcluirAgradeço o conhecimento partilhado conosco.
ResponderExcluirPara nós educadores é importante, além de aprender Libras, entender melhor este mundo.
Parabéns pela explicação, pois é muito importante de entender o que é surdo e deficiente auditivo, pois a sociedade pensam que são surdos mudos pois não tem conhecimento, por isso é importante essa informação.
ResponderExcluirBoa noite! Estava viajando so agora consegui me organizar para fazer o curso. Tenho uma aluna surda muito bonita e extrovertida. Nossa cominicação se torna mais facil, porque ela sabe fazer leitura dos labios e escuta um pouco.Seus sinais de libras são bem caseiros e assim a gente vai se entendendo. Acredito que "deficiencia" e deficiente do termo "ineficiencia", mas não sei bem como aplica-los. Alguem pode me esclarecer?
ResponderExcluirBom dia!
ResponderExcluirBem pertinentes as colocações... por muito tempo se achava que o surdo era , também, mudo, o que é um equívoco.
O texto foi bem esclarecedor!
Obrigada
Abraços
Muito obrigada pelos esclarecimentos. Excelente blog. Maria Cristina
ResponderExcluirOlá boa noite! O surdo é chamado de deficiente auditivo, pois essa palavras deficiente é uma palavra tão feia, uma palavra que mostra que a pessoa não tem capacidade de fazer algo ,que é incapaz né eu acho. Pelo contrários os surdos são muitos inteligentes, o correto seria dizer que os surdos tem uma deficiência auditivas, e não deficiente auditivo, pois eles são capaz de fazer qualquer coisa tanto quanto os ouvintes.
ResponderExcluirBoa tarde, a falta de uma preparação melhor a respeito das diferenças torna nossa sociedade insalubre e despreparada para lidar com situações que ainda são tabus em pleno século XXI, o preconceito contra a pessoa com deficiência. O desconhecimento pode nos levar a erros bastante comuns. Por exemplo: o conceito de que todo surdo é mudo não é verdade. Existem surdos oralizados, quer dizer, apesar de uma deficiência auditiva, conseguem verbalizar palavras, mesmo que com alguma dificuldade. Existem também aqueles que ouvem pouco, mas que também estão enquadrados na turma dos deficientes auditivos. Por isso, quando se deparar com algum surdo que entenda o que você fala, não o marginalize. Além disso, alguns são exímios na leitura labial. Pessoas que possuem um familiar com surdez lidam melhor com a situação, pois convivem com tais pessoas e têm noção de sua vivência, bem como capacitação e limites. Ter contato com os surdos e mudos, muda toda nossa realidade para melhor. Primeiro porque paramos de sentir pena, segundo porque nos faz ver que o preconceito existe e a luta para anulá-lo ainda é grande. Daí, passamos a engrossar este cordão. Ainda não foi comprovado cientificamente, mas é visivelmente notável que as pessoas com algum tipo de deficiência possuem uma característica peculiar, a de aprender com os outros “sentidos” melhor do que os que não têm nenhum tipo de deficiência, e a partir de então desempenhar funções ou atividades melhores do que tais pessoas sem deficiência. Como exemplo, podemos citar Beethoven, que após ficar surdo produziu suas melhores obras e o marcaram mundialmente como um dos melhores compositores de todos os tempos. Pena que muitas pessoas deixam passar despercebidos tais acontecimentos e continuam a subestimar a capacidade e inteligência de pessoas com surdez. São pessoas como todas as outras, com as mesmas capacidades de aprender e de contribuir com o nosso mundo. Somente com uma sociedade melhor preparada, ou seja, melhor capacitada para entender a realidade, estaremos aptos a vencer os preconceitos e tornar nossa sociedade mais humana.
ResponderExcluirVivemos numa sociedade em que a maior barreira que os deficientes enfrentam é a discriminação e o preconceito social. A busca pelo conhecimento acerca da deficiência em questão, ainda é a melhor forma de evitar e combater o preconceito.
ResponderExcluirCabe aos educadores e familiares trabalhar e colocar ao meio social a visão do surdo como diferente e não deficiente.
ResponderExcluirÓtima explicação.Bem claro da pra entender que a frase que a sociedade dissemina dizendo que todo surdo é mudo, não passa de um mito, pois alguns falam, pois são oralizados, teve acompanhamento com o fonoaudiólogo; já aqueles que não foram oralizados e não falam, é porque não aprendeu a falar, não foi estimulado em momento algum da sua vida. Logo, conclui-se que ele só é surdo, até porque o seu aparelho fonador não foi afetado, ele perdeu apenas a audição, sendo assim, os seus ouvidos passam a ser os seus olhos, enquanto, as suas mãos são a sua boca.
ResponderExcluirImportante conhecer as diferentes terminologias e os conceitos que elas carregam para respeitar a identidade e a cultura surda.
ResponderExcluirExcelente texto, muito bem explicado. Que pena, que nem todas as pessoas entendem ou procurem saber melhor sobre o assunto. Que ser surdo não é o mesmo que ser surdo e mudo como a maioria fala. Infelizmente existe o preconceito, por falta de conhecimento das pessoas.
ResponderExcluirParabéns pelo texto.
ResponderExcluirÉ muito bom quando temos explicações tão claras e objetivas. Existem adolescentes surdos na escola onde trabalho e fico muito feliz de poder conversar com eles, apesar de eu não ser fluente em LIBRAS. Eles ficam muito contentes quando conseguem se comunicar com a gente.
ResponderExcluirA LIBRAS foi reconhecida em âmbito nacional, através da Lei 10.436, como a língua natural da comunidade surda brasileira. Mas o preconceito da sociedade ainda persiste. A surdez não é uma deficiência e sim uma diferença linguística, capaz de superar varios deafios.
ResponderExcluirDe fato a surdez năo limita o aluno pois não afeta o cognitivo da pessoa inclusive conheço ótimos profissionais na área da educação e o que precisa ė fazer valer a Lei 1o.436.
ResponderExcluirMuito bem colocado as explicações. Convivo com surdos e deficientes auditivos. Eles são capazes de qualquer coisa, mas quando querem e quando são estimulados a aprender e fazer, pois eles mesmos precisam de uma motivação maior para poderem demonstrarem suas potencialidades.
ResponderExcluirMuito boa a explicação ....parabéns
ResponderExcluirSou farmacêutico e me interessei por fazer cursos de libras e linguagens para surdos por perceber a dificuldade em lhe dar com as pessoas surdas na hora do atendimento e orientações. Acho muito válido aprender mais sobre a cultura e a literatura Surda.
ResponderExcluirSó quero lhe parabenizar por este esclarecimento "Diferente e não Deficiente "Independente de ser ou não professores, somos todos educadores, e devemos ensinar essa diferença aos pequenos. Evitando a discriminação futuramente. :Abraços.
ResponderExcluirCONVIVO COM OS SURDOS E É NOTORIO A REAÇÃO DE OFENSA QUE SENTEM QUANDO SE REFEREM A ELES COMO MUDINHOS, DOIDINHO OU OUTRO DIMINUTIVO DO GENERO! NAO IMPORTA O QUANTO CHAMAMOS ATENCAO DOS OUVINTES E ENSINA-LOS A COMO SE REFERIR AS PESSOA SURDA, POIS ALEGAM QUE SE TRATA DE UM VICIO CULTURAL, FORCA DO HABITO E MSMO SEM QUERER, OFENDEM A PESSOA SURDA.
ResponderExcluirSILVANATUC@YAHOO.COM.BR
Agradeço as explicações, está sendo ótimo aprendizado.
ResponderExcluirEstamos tão distante de um agir mais coerente com nossas falas e até mesmo nossas leis. Perdemos tanto tempo preenchendo papeis quando recebemos um aluno que precisa muito mais de nossa preparação e ação.
ResponderExcluirConcordo muito com o que ela diz:
Laborrit (1994)
Que possamos nos colocar no lugar do outro ao invés de dar rótulos.
cada dia amo mais a Língua brasileira de sinais e ainda não sei um por cento.
sou a Silvana Satto
meu e-mail silsatto@gmail.com
Excelentes esclarecimentos. Temos uma visão equivocada sobre os termos e o olhar preconceituoso. Independ3nzete da condição, é um ser com habilidades e capacidades individuais. Nós temos muito a aprender sobre as diferenças e não sobre "deficiências".
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