Deficiência auditiva é a diferença entre o desempenho do indivíduo e a habilidade normal para a detecção sonora várias frequências por decibéis (dB), de acordo com padrões estabelecidos pela American National Standards Institute (ANSI). Considera-se, em geral, que audição normal corresponde à habilidade para detecção de sons de 20 dB (uma conversação normal varia de 40 a 60 dB). As pessoas com com níveis de perda auditiva leve, moderada, acentuada e severa são mais frequentemente chamados de deficientes auditivos, enquanto os indivíduos com níveis de perda auditiva profunda são chamados surdos.
O termo surdo é visto, pela grande maioria das pessoas, como uma maneira ofensiva de se dirigir ao sujeito que tem perda auditiva. E por isso, preferem utilizar uma forma mais suave e optam por chamá-lo de deficiente auditivo. Entretanto, esta forma suave pode ser considerada até mesmo agressiva para os surdos. Deficiente remete a não ser capaz, insuficiente, insatisfatório.
"O surdo é diferente, não deficiente”. Por questões históricas, o surdo foi visto e ainda é visto como incapaz de se comunicar, aprender, se manifestar, pensar, escrever, se integrar. Esta limitação que é imposta aos surdos, é muitas vezes, maior que própria limitação sensorial que eles apresentam.
A surdez ou deficiência auditiva é provocada por um problema no sistema auditivo. Em sua grande maioria, o aparelho fonador do surdo não é afetado. Logo, não é correto dizer que todo surdo ou deficiente auditivo é mudo. Eles não são mudos. Se você conviver com eles, vai perceber que eles podem falar e se manifestar através de sons da fala. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Alguns surdos já falam (oralizados) pois desenvolveram a fala através de um trabalho com fonoaudiologia.
O surdo, mesmo que seja privado em um dos sentidos, é capaz de interagir e aprender, criar, se comunicar. Cabe a nós, educadores, neste mundo de ouvintes, contribuir para que estas possibilidades sejam reais na vida social e acadêmica dos surdos.